domingo, 22 de julho de 2012

O melhor do mundo: BOB MARLEY



Redemption Song (Tradução) Acústico



 Bob Marley marcou toda uma geração e até hoje continua sendo forte influência com suas músicas, suas frases, sua história de vida. Em todo o mundo e de forma especial no Brasil há milhares e milhares de fãs que vão ensinando as gerações mais novas a gostar das músicas deste cantor que até hoje é lembrado com muitas saudades. 

Mas que foi  Bob Marley?
Seu nome completo era Robert Nesta Marley, nascido na Jamaica em 1945, era um cantor, compositor e guitarrista e foi o maior responsável em fazer com que o reggae se tornasse reconhecido no mundo inteiro.
Como tantos outros artistas, teve uma história marcada por uma vida muito difícil, precisou superar obstáculos ainda bem cedo e na juventude de Marley, nas favelas de Kingston, ele retirou boa parte das histórias que iriam fazer parte de suas músicas.




Three Little Birds (Tradução - Legendado PT/BR)

As influências 

Suas principais influências no começo da carreira foram Ray Charles e Curtis Mayfield, que conheceu junto com seu amigo Bunny. Com ajuda de um cantor chamado Joe Higgs, os dois acabaram conhecendo Peter McIntosh. Pouco tempo depois, os três vieram formar o grupo "Wailling Wailers".

Em 1962, o empresário Leslie Kong conheceu Marley e gravou algumas músicas com ele. Ao mesmo passo que "Wailing Wailers" chamou a atenção do rastafári Alvin Patterson que, os apresentaram para o produtor Clement Dodd. No ano seguinte foi lançado o primeiro single do grupo.
Bob se casou e viajou para os Estados Unidos, onde sua mãe passou a morar. Na volta, a banda mudou de nome, passando a se chamar apenas "The Wailers". Com ajuda do cantor americano Johnny Nash, o grupo gravou em 1971 o primeiro álbum que levou o nome de "Catch A Fire". 
Em 1972 o grupo realizou uma turnê na Inglaterra e nos Estados Unidos. No mesmo ano foi lançado o álbum "Burnin", que continham sucessos como "I Shot The Sheriff". Os próximos dois discos receberam o nome de "Rasta Revolution" e "Natty Dread" ambos de 1974. Este último continha "No Woman, No Cry", a canção que projetou o músico rastafári aos quatros cantos do mundo.

No Woman No Cry (Legendado) 

Get Up Stand Up Ao Vivo (Tradução - Legendado PT/BR)

 

Em 1975, o álbum "Rastaman Vibrations" alcançou o top das paradas nos Estados Unidos. O sucesso começou a incomodar e ele sofreu uma tentativa de assassinato no ano seguinte. O susto serviu para que ele atravessasse o oceano para ir morar em Londres, aonde viria a gravar o incrível "Exodus".

I Shot The Sheriff (Live in Santa Barbara, California) - Legendado

 

Exodus Ao Vivo (Legendado PT/BR) 

 

Bob Marley no Brasil - 1980

Esta fotografia foi feita por Frederico Mendes em 19 de março de 1980, durante a única visita ao Brasil do rei do reggae Bob Marley. A gravadora Ariola organizou às pressas uma partida de futebol para Marley com alguns artistas e jogadores, e assim os times foram formados: Bob Marley, Junior Marvin, Paulo César Caju, Toquinho, Chico Buarque e Jacob Miller, de um lado, e de outro lado Alceu Valença, Chicão, e mais quatro funcionários da gravadora. O time de Bob deu uma goleada de 3 x 0.

O Rastafari 

Até quem não gosta de Bob Marley com certeza conhece uma ou algumas de suas músicas. Uma outra marca registrada de Bob Marley era sua paixão pela religião rastafári, influência essa que veio de sua esposa Rita e que posteriormente, se difundiu pelo mundo sempre com a marca registrada de suas madeixas e seu estilo de vida rasta. 

 

 

 O Movimento Rastafári ou Rastafar-I (rastafarai) também conhecido como rastafarianismo

É um movimento religioso que proclama Hailê Selassiê I, imperador da Etiópia, como a representação terrena de Jah (Deus). Este termo advém de uma forma contraída de Jeová encontrada no salmo 68:4 na versão da Bíblia do Rei James, e faz parte da Trindade sagrada o messias prometido. O termo rastafári tem sua origem em Ras ("príncipe" ou "cabeça") Tafari ("da paz") Makonnen, o nome de Hailê Selassiê antes de sua coroação.
O movimento surgiu na Jamaica entre a classe trabalhadora e camponeses afro-descendentes em meados dos anos 20, iniciado por uma interpretação da profecia bíblica em parte baseada pelo status de Selassiê como o único monarca africano de um país totalmente independente e seus títulos de Rei dos Reis, Senhor dos Senhores e Leão Conquistador da Tribo de Judah, que foram dados pela Igreja Ortodoxa Etíope.
Alguns historiadores, afirmam que o movimento surgiu, e teve posteriormente adesão, por conta da exploração que sofria o povo jamaicano, o que favorece o surgimento de ideias religiosas e líderes messiânicos.
Outros fatores inerentes ao seu crescimento incluem o uso sacramentado da maconha ou "erva", aspirações políticas e afrocentristas, incluindo ensinamentos do publicista e organizador jamaicano Marcus Garvey (também freqüentemente considerado um profeta), o qual ajudou a inspirar a imagem de um novo mundo com sua visão política e cultural.
O movimento é algumas vezes chamado rastafarianismo, porém alguns rastas consideram este termo impróprio e ofensivo, já que "ismo" é uma classificação dada pelo sistema babilônico, o qual é combatido pelos rastas.
O movimento rastafári se espalhou muito pelo mundo, principalmente por causa da imigração e do interesse gerado pelo ritmo do reggae; mais notavelmente pelo cantor e compositor de reggae jamaicano Bob Marley. No ano 2.000 havia aproximadamente um milhão de seguidores do rastafarianismo pelo mundo, algo difícil de ser comprovado devido à sua escolha de viver longe da civilização. Por volta de 10% dos jamaicanos se identificam com os rastafáris. Muitos rastafáris são vegetarianos, ou comem apenas alguns tipos de carne, vivendo pelas leis alimentares do Levítico e do Deuteronômio no Velho Testamento.
O encorajamento de Marcus Garvey aos negros para terem orgulho de si mesmos e da sua herança africana inspiraram Rastas a abraçar todas as coisas africanas. Eles eram ensinados que haviam sofrido uma lavagem cerebral para negar todas as coisas negras e relativas à África, um exemplo é o porque que não se ensinava sobre a antiga nação etíope, que derrotou os italianos duas vezes e foi a única nação livre na África desde sempre. Eles mudaram sua própria imagem que era a que os brancos faziam deles, como primitivos e saídos das selvas para um desafiador movimento pela cultura africana que agora é considerada como roubada deles, quando foram retirados da África por navios negreiros. Estar próximo da natureza e da savana africana e seus leões, em espírito se não fisicamente, é primordial pelo conceito que eles tem da cultura africana. Viver próximo e fazer parte da natureza é visto como africano. Esta aproximação africana com a natureza é vista nos dreadlocks, ganja, e comida fresca, e em todos os aspectos da vida rasta. Eles desdenham a aproximação da sociedade moderna com o estilo de vida artificial e excessivamente objetivo, renegando a subjetividade a um papel sem qualquer importância.
Os rastas dizem que os cientistas tentam descobrir como o mundo é por uma visão de fora, enquanto eles encaram a vida, de dentro olhando para fora; e todo rasta tem de encontrar sua própria verdade.
Outro importante identificador do seu afrocentrismo é a identificação com as cores verde, dourado, e vermelho, representantativas da bandeira da Etiópia. Elas são o símbolo do movimento rastafári, e da lealdade dos rastas a Hailê Selassiê, à Etiópia e a África acima de qualquer outra nação moderna onde eles possam viver. Estas cores são freqüentemente vistas em roupas e decorações; o vermelho representaria o sangue dos mártires, o verde representaria a vegetação da África enquanto o dourado representaria a riqueza e a prosperidade do continente africano.
Muitos rastafáris aprendem a língua amárica, que eles consideram ser sua língua original, uma vez que esta é a língua de Hailê Selassiê, e para identificá-los como etíopes; porém na prática eles continuam a falar sua língua nativa, geralmente a versão do inglês conhecida como patois jamaicano. Há músicas de reggae escritas em amárico.

A dieta rastafári

Os rastafáris adotam 9 principios sendo o 2º principio: "Coma apenas I-tal", um termo Rasta que significa puro, natural ou limpo. Uma série de leis de dieta e de higiene foram formuladas para acompanhar a doutrina religiosa Rastafari. Um verdadeiro Rasta não poderia ingerir álcool, tabaco, mas usa a Cannabis (maconha ou ganja) de forma ritual.
São basicamente vegetarianos, dando uso escasso a alguns alimentos de origem animal, ainda assim proibindo o uso de carnes suínas de qualquer forma, peixes de concha, peixes sem escamas, caracóis e outros.
A comida I-tal seria o que Jah ordenou que fosse: "tudo o que não tem barbatanas ou escamas, nas águas, será para vós abominação." "Melhor é a comida de ervas, onde há amor, do que o boi cevado, e com ele o ódio." É comida que nunca tocou em químicos e é natural e não vem em latas. Quanto menos cozinhados, melhor, sem sais, condimentos, pois assim possui maior quantidade de vitaminas, proteínas e força vital. As bebidas são, preferentemente, herbais, como os chás. A bebida alcóolica, o leite ou café são vistos como pouco saudáveis.

Dreadlocks

Outro costume comum proibido era o de cortar ou pentear os cabelos. Essa tradição religiosa Rasta também é fundamentada em diretrizes sagradas. O "Dread", de forma abreviada, também serve para que sempre esteja ligado com o corpo, ou seja, cada Dread é ligado espiritualmente com alguma parte do corpo.

Maconha

Ganja e marijuana são algumas designações para a Cannabis, uma erva psicoativa milenar. Ela é usada pelos Rastas, não para diversão ou prazer, mas sim para limpeza e purificação em rituais controlados. Alguns Rastas escolhem não a usar. Muitos sustentam o seu uso através de Génesis 1:29:
“E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento.”

A Medicina

A tradição Rastafari rasta não permite o uso (especifico para a cura de alguma doença)de qualquer tipo de remédio que não seja natural(ervas medicinais, por exemplo). Outro costume rasta, relacionado com a medicina, é a não presença de hospitais, médicos, etc... A origem desses hábitos provem de Génesis 1:29 , pois 'Jah' refere o uso de todo tipo de erva ou planta proveniente da face de toda a terra. Além disso, possuem a crença de que apenas 'Jah'(ou tudo que provém de sua grandeza, 'naturais') pode 'curar' um enfermo, e nenhum outro ser (médicos e etc) possui essa capacidade.

A morte de Bob Marley

Em julho de 1977 Marley descobriu uma ferida no dedão de seu pé direito, que ele pensou ter sofrido durante uma partida de futebol. A ferida não cicatrizou, e sua unha posteriormente caiu; foi então que o diagnóstico correto foi feito. Marley na verdade sofria de uma espécie de câncer de pele, chamado melanoma maligno, que se desenvolveu sob sua unha. Os médicos o aconselharam a ter o dedo amputado, mas Marley recusou-se devido aos princípios rastafaris que diziam que os médicos são homens que enganam os ingênuos, fingindo ter o poder de curar. Ele também estava preocupado com o impacto da operação em sua dança; a amputação afetaria profundamente sua carreira no momento em que se encontrava no auge (na verdade, a preocupação de Bob Marley era quanto à amputação de qualquer parte de seu corpo, seja o dedo do pé ou suas rastas. Para os seguidores dessa religião/filosofia, não se deve cortar, aparar ou amputar qualquer parte do corpo). Marley então passou por uma cirurgia para tentar extirpar as células cancerígenas. sua doença foi revelada para seu público.

Documentário



 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário